29.1.05

São os mesmos?

São estes os mesmos socialistas que em 2002 fugiram do “pântano” em que deixaram o País. São os mesmos que deixaram o país com um défice de 4,1%. São também os mesmos que no período de 1995-2002, tiveram as economias mundiais com a maior taxa de crescimento económico desde a II Guerra Mundial, o petróleo a 1/3 do valor actual, receberam em financiamentos comunitários o dobro dos governos PSD do Prof. Cavaco Silva, receberam o maior encaixe financeiro nas privatizações desde o 25 de Abril. Criaram 210.000 novos funcionários públicos na sua governação aumentando descontroladamente a despesa pública. Resultados visíveis? A fuga do então PM Engº António Guterres, porque sabia que já não tinha mão no País. Porque sabia como estava a situação real.
Mesmo com todas as benesses económicas, os eleitores nunca lhe deram o crédito de uma maioria absoluta, nem a ele nem ao PS. Os eleitores sabem quem anuncia as “medidas sociais” e quem as pratica. Os eleitores sabem quem devem chamar a governar nos momentos difíceis. Os eleitores farão a sua escolha no dia 20 de Fevereiro.

28.1.05

Nós fazemos...

A militância partidária assume no presente momento uma importância crucial. Cada militante deve fazer chegar a mensagem social-democrata a todos quantos possível. É da mais absoluta necessidade que o façam em nome da Verdade e do bom nome de Portugal.
Um Governo que, é certo, também cometeu erros na gestão de alguns processos, mas que não conseguiu sequer formar a sua equipa, traçou, definiu e começou alterações significativas no âmbito das reformas essenciais. A alteração ao regime do arrendamento e as alterações fiscais às entidades financeiras, penalizando estas fiscalmente, são passos corajosos e absolutamente determinantes nas reformas que o País precisa e que mexeram com interesses corporativos muito fortes. Nenhum outro partido teve a coragem de o fazer. São medidas que alguns não gostavam de ver tomadas, mas que o PSD concluirá na próxima legislatura.

25.1.05

Eles dizem...

«Para ele, o poder está acima do resto»
Manuel Alegre sobre a decisão do então Ministro do Ambiente José Sócrates, Público, 21 de Agosto de 2001.
«Por razões que eu não quero adiantar, o ministro Sócrates tem cobertura política»
Manuel Alegre comentando a ligação de Sócrates com António Guterres - Público, 21 de Agosto de 2001

24.1.05

Portugal vence a VI Taça Latina !!

Portugal venceu a VI Taça Latina em Xadrez por correspondência. Esta vertente do Xadrez, que eu pratiquei até 1998, em correio normal e por email, permite partidas que são verdadeiras batalhas e um desenvolvimento teórico enorme. Ainda se podem encontrar algumas partidas minhas. Para os adeptos.

Novos concelhos

Sou contra a criação de novos concelhos no geral. E em principio, também contra a criação do concelho da Lixa. Não por ser a Lixa, mas porque acho que a criação de novos concelhos deve obedecer a estudos prévios, que confirmem a sua absoluta necessidade. Numa altura em que se criam associações de municípios para resolver questões como o financiamento de grandes projectos estruturais como saneamento, tratamento de lixos, hospitais e universidades, não faz sentido que se divida ainda em parcelas mais pequenas o território. Acho também que não resolve a marginalidade e periferia de que se queixam as localidades. Aliás, no caso da Lixa, o esquecimento traduzido na falta de investimento da Autarquia nas freguesias só tem uma explicação. O facto de serem freguesias maioritariamente sociais-democratas. Em Felgueiras existe uma discriminação em relação às freguesias sociais-democratas, senão, basta comparar o investimento entre os dois maiores pólos urbanos do concelho de Felgueiras a seguir à cidade. A Vila de Barrosas, socialista e a Cidade da Lixa, social-democrata.
Esse motivo, a insatisfação dos munícipes pelo tratamento discriminatório que recebem, é o motor do movimento PROLIXA, mas em vez de criar um novo concelho devemos mudar o poder instalado na Autarquia e acabar de vez com a discriminação existente.

20.1.05

Trinta dias

Trinta dias nos separam das eleições legislativas. Aí, nas urnas, os portugueses vão escolher quem querem a governar. A alternativa ao partido do Governo é, por ser o maior partido da oposição, o PS. O PS do Engº Sócrates que não se define, hesita, leva o seu partido para uma campanha de total desacreditação da classe política. O PS vê ainda Mário Soares, um dos "senadores", como lhe chamou hoje JPP no seu artigo de opinião no Público, elogiar o "programa" do Bloco de Esquerda, apelando explicitamente ao voto útil no BE. Claro que ainda não entramos na verdadeira campanha eleitoral mas o que temos aqui é um PS cada vez mais "guterrista", não decidido, a adiar, sem tomar as medidas necessárias e a dizer preto do branco o que quer para Portugal, como quer fazer e como vai fazer.

Tempo

Um dos mais escassos recursos. A leitura e consulta são mais fáceis do que publicar. Àqueles que se dão ao trabalho de visitar o meu blogue as minhas desculpas e prometo que procurarei ser mais assíduo.

18.1.05

Zhao Ziyang

Morreu Zhao Ziyang, ex-primeiro-ministro e secretário-geral do Partido Comunista chinês.
Morreu aquele que mesmo dentro do sistema criado, da repressão de uma «quase» ditatura, contra todos os do seu próprio partido, ousou dizer que pretendia o diálogo em vez da repressão.
Em 4 de Junho de 1989, na Praça Tiananmen ocorreu um dos actos - conhecidos - mais bárbaros que eu tenho memória. A repressão ao direito de opinião é um crime hediondo.
A filha diz, "ele está finalmente livre". Concordo, haverá maior prisão do que aquela que nos amordaça?

17.1.05

Um Rumo

Depois da inútil confusão de volta dos cartazes do PSD, com ou sem imagem do Prof. Cavaco Silva, das cores e mensagem do outdoor "contra ventos e marés", o PS apresentou o seu. "Agora Portugal vai ter um rumo", com o devido destaque gráfico no "Portugal" e no "um Rumo". O marketing tem destas coisas, associar ideias e induzir linhas de raciocínio. O mais distraído até podia pensar que o Engº Sócrates apresentou alguma solução, ou ideias concretas para problemas ainda mais concretos, mas não. O que vi até agora foi nada, não há uma única solução, só promessas vagas e demagógicas.

Inveja como sistema

Na revista Pública de ontem, vem uma fabulosa entrevista ao Prof. José Gil, filósofo, considerado pela revista "Nouvel Observateur" como um dos "25 grandes pensadores de todo o mundo". A entrevista, a não perder, foca principalmente o novo livro de José Gil "Portugal Hoje - O Medo de Existir", uma abordagem ao sentimento dos portugueses. A inveja. Mas não a inveja como sentimento, a inveja como sistema de pensamento e de defesa.
Resumidamente. Funcionamos ao contrário do que deveria ser. Ao ver outra pessoa forte deveriam tentar também ficar mais fortes, mas não, o que se faz é tentar diminuir o outro para ficar como nós. Uma das explicações adiantadas é o facto de termos vivido uma ditadura, e as mentes ainda não se adaptaram, talvez na próxima geração. Novamente, a não perder.

Agradecimentos II

A Inácio Lemos, pelo incentivo e pelas simpáticas e cordiais palavras a meu respeito no seu blogue.

15.1.05

Sondagens

Segundo o último estudo da Eurosondagem, para a SIC, Expresso e Rádio Renascença, apesar do PS continuar a liderar as sondagens, cai mais que o PSD. Quem parece estar a beneficiar é o BE que subiu mais de 1%. É já uma repercussão do desnorte do Engº José Sócrates nesta semana, optando os eleitores pelo voto útil. Outro facto importante é que as declarações do PS passam a ser feitas por António Vitorino como forma de preservar a imagem do candidato, estratégia sempre utilizada pelos partidos políticos quando o líder está debaixo de fogo.

13.1.05

Agradecimentos

A todos aqueles que me incentivaram a partir nesta aventura.
Aqueles que me conhecem sabem que desde sempre encarei a vida como um desafio. Sempre a encarei também de frente, sem me esconder atrás do que quer que fosse ou de quem fosse. Sou social-democrata desde muito novo e estive na primeira linha de fogo em diversas eleições, não fugi. Estive na primeira contestação estudantil em Felgueiras em frente da Câmara Municipal e também aí dei a cara. Depois de estar afastado da vida política activa diversos anos, voltei à intervenção pública em 2001, nas últimas eleições autárquicas a convite do partido e enfrentamos umas muito difíceis eleições, cá estou. Agora percebo porquê que alguns blogues não deixam colocar comentários. Enfim é o que temos...
Adenda: Agradecimentos especiais a Paulo C Ribeiro, A.S., e Filipe Carvalho pelas saudações.

Sócrates = Populismo

Ao melhor estilo, só visto por mim no presidente do parceiro da coligação, Sócrates entrou numa rota populista da promessa fácil. Aumentar a pensão dos mais pobres "logo acima do limiar da pobreza", sem definir os valores nem como o vai fazer, assim como dizer que vai reduzir o défice "sem recurso a medidas extraordinárias" é desde logo um fácil e demagógico populismo. Outro exemplo é o aproveitamento escabroso da viagem do Ministro Morais Sarmento a S. Tomé, para quando a apresentação de verdadeiras alternativas ao existente? Para quando a tomada de posição definitiva sobre temas como o referendo ao aborto, gestão dos hospitais, IRC, redução do peso do Estado e um sem número de outros?

"Bloguisses"

Aqueles de nós que de uma forma ou outra vão “navegando” e visitando blogues de todo o tipo, deduzem rapidamente uma coisa, estamos num meio relativamente pequeno em que a maioria das pessoas se conhece. Talvez por esse motivo, a maioria dos comentários publicados nos blogues Felgueirenses são tidos como pessoais, como afrontas ou insultos. Claro que de volta há um cento de respostas insultuosas ou contra-comentários irónicos e tortuosos, que alimentam ainda mais a discussão. Vamos todos procurar contribuir para uma saudável discussão sobre os temas que cada um entenda trazer. Com a minha parte podem contar.

12.1.05

Introdução

Depois de algum tempo de reflexão decidi, apesar da manifesta falta de tempo, aderir a esta "moda" dos blogues. Dois factores pesaram na decisão. Primeiro, a vil autoria que me atribuem de algumas opiniões publicadas, senão mesmo de blogues. Segundo, porque acho que as opiniões políticas identificadas na blogosfera Felgueirense estão desequilibradas. Com, Dr. Paulo Cunha Ribeiro (PP) com o seu blogue Santa Quitéria e Dr. Inácio Lemos (PS) com o seu A Rosa só cá faltava um humilde militante do PSD.
Outra decisão tive que tomar, o deixar livremente colocar comentários, ou não. Optei por deixar colocar os comentários, só espero não vir a arrepender-me.
Claro que este blogue apenas servirá para expressar a minha opinião pessoal sobre os temas do momento e nunca outros que para aí andam.