30.9.05

É agora

Fui registar o Euromilhões e o cão da dona do café chama-se Sorte, será que é desta?

28.9.05

Xadrez em frases (12)

"Em geral vence a partida quem comete o penúltimo erro. Já que o último causa a derrota."
Anatoly Karpov

27.9.05

O voto paradoxo

O mesmo voto que serviria para derrotar e «condenar» serve para eleger e «inocentar»? Parece que sim.
Apesar de não ter vivido o 25 de Abril de 1974 da mesma forma que alguns «detentores» do direito a reivindicar a Democracia, faço parte da geração que cresceu a ouvir os dissabores daqueles que viveram numa ditadura. Para além de muitas queixas, o facto de não poderem votar, elegendo quem queriam, era o que o mais custava ao povo.
O direito ao voto - o valor mais elevado de uma democracia – poderia assim tornar-se no poder absoluto de escolher entre o bom e o mau, ou por vezes, entre o medíocre e o mau. Mas como pode então uma população escolher para liderar os seus destinos pessoas que muito pouco fizeram pela terra? Onde o saneamento não está instalado na grande maioria do concelho, poluindo os cursos de água e poços, dando origem a doenças. Onde não existe planificação urbana, industrial uma estratégia global ou um futuro. Onde não existe política social, - o parque de habitação social definha à mingua, e não se constrói novo – onde não existe política de juventude – nada!
Mas é precisamente onde existe mais carência social e problemas que subsiste o «pequeno favor», do emprego na creche da freguesia, da escola, no alargamento do caminho, do muro, do rego da água e aí os autarcas são reis e senhores, venerados imperadores do populismo demagógico.
Alguns chegam ao ponto de considerar o processo eleitoral um qualquer julgamento em que o júri é o eleitorado e dando-lhes a vitória, lhes dá também a inocência, juridicamente presumida é certo, mas incerta de facto.
Votarei, sim, mas não para derrotar. Votarei para eleger, democraticamente !

Em destaque

A blogosfera Felgueirense está hoje em destaque no Diário de Notícias.

26.9.05

Eu queria...

conseguir explicar este fenómeno, dizendo aos meus conterrâneos que está mal. Mas o melhor é ler o que escreveu João Miranda no Blasfémias.

23.9.05

Estou de volta

Apenas estive na companhia de antibióticos e o meu PC de alguns vírus, trojans, spyware, worms e outra bicharada, que trazida sei lá por quem infectou tudo. Agora todos prontos, cá estamos.
[adenda] Não, eu nunca saí daqui. Estou sempre presente.

19.9.05

Que problema


O xadrez tem destas coisas, magníficas, como a vida. Perante a batalha uns encolhem-se, outros... enfrentam-na

Nesta posição as negras jogaram T x Dc3 com o seguinte comentário:
«[29] --que problema solo muerte la solucion»

16.9.05

Sabia que…

A Música, a Matemática e o Xadrez são as únicas áreas da actividade humana em que se conhecem casos de crianças prodígio?

Demoras muito?

A miudagem hoje em dia não sabe brincar. As «playstations», «counter strikes» e outras modernices, tiram aos miúdos as brincadeiras que criam espírito de grupo, competição saudável, contacto humano, enfim, aquelas coisas que fazem as amizades duradouras. Quem não se lembra de dois ou três amigos de infância. Dos carrinhos de rolamentos, piões, corridas de caricas, de bicicletas, cabeças partidas e arranhões nos joelhos. Que saudades!
Um destes dias resolvi depois de jantar e enquanto passeava a minha cadela, ensinar a miudagem que brinca lá na rua todos os dias – aqui ainda é possível -, a jogar ao pião, os rapazes e a saltar à corda as meninas. Foi um divertimento extraordinário e cheguei à conclusão que estou mesmo a ficar velho.
Um único senão. Agora não consigo jantar sem ter miúdos com o dedo na campainha a chamar para a brincadeira! – Demoras muito?

15.9.05

Now we are free

Passem sff pelo Mocho Falante, a banda sonora é linda.
Now we are free, pertence à banda sonora do filme O Gladiador e não sei porquê, sempre que a oiço sinto um arrepio.
Só a morte nos libertará?

Não, desta vez não me esqueci

Xadrez em frases (11)

"A beleza das jogadas do xadrez não reside na aparência, mas nos pensamentos que estão por trás dele." - Aaron Nimzowitsch

A Ler e Reter

«Acção Governativa» n´A Fábrica
«O que é que têm os jornalistas que são diferentes dos outros?...» no Portugal Profundo
«A “INFOROPINIÃO”, A INFORMAÇÃO A QUE TEMOS DIREITO (1) e (2)» no Abrupto
«O AUTORITARISMO JACOBINO DE MÁRIO SOARES» no Portugal dos Pequeninos

13.9.05

Gostei de te ver

O Zé (nome fictício) era um daqueles miúdos nascidos e criados num bairro social, que tinha na altura 13 anos. Era um daqueles putos irreverentes que quando partia a vidraça da casa do vizinho, não fugia, ficava ali a vê-lo enfiar a cara no buraco do vidro e a desfiar uma série de insultos, próprios de um filme português, ameaçando pregá-lo a uma cruz de cabeça para baixo. Não temia nada, nem ninguém. As nossas vidas cruzaram-se porque nessa altura, e a convite de um amigo meu monitor numa associação juvenil, estava a dinamizar a secção de xadrez da dita que funcionava num bairro social, que como todos os outros tinha, e tem, os seus problemas.
De inicio os putos, Zé incluído, olhavam para o tabuleiro de xadrez como quem olha para um brinquedo futurista, mas ao fim de uma semana era vê-los a jogar. Com eles vinham também alguns miúdos de etnia cigana, com quem faziam parelha, discutiam e até analisavam partidas (!!). Mas o Zé, não falava, não dizia nada, apenas observava e jogava com os outros miúdos, que ao fim de pouco tempo já estavam fartos de perder com ele. Até que um dia, no seu melhor estilo rezingão me lançou o desafio. – Queres jogar comigo? A forma de jogar era a mesma com que estava na vida, desafiador, sempre ao ataque e de todas as vezes eu derrotava-o – para o fim eram menos - e explicava-lhe como devia ter feito: ter calma, desenvolver as peças, o jogo e depois atacar, ter bases, como na vida. Ele não dizia nada, apenas jogava, observava, ouvia. Passei a emprestar-lhe livros, que ele lia, treinava. Tal como no jogo, na vida passou a ficar mais calmo, federei-o em conjunto com outros e formei uma equipa que inscrevi no campeonato. Ele progrediu e ficou um dos mais fortes jogadores da equipa. Quando o xadrez acabou por falta de apoios perdi-lhe o rasto. Até ontem, quando o vi, com a mulher e o filhote que levava ao colo a uma consulta no pediatra. Falou calmamente, confiante do alto dos seus quase 2 metros de altura, emprego estável, família também. Acho que aqueles tempos mudaram a vida dele… e a minha também. Gostei de te ver.

12.9.05

Não, não me esqueci



Apenas não me tinha lembrado!

E para não dizerem que tenho mau perder.

[a imagem foi gamada algures, que já não me lembro, mas logo que me ocorra ou me lembrem eu reponho os créditos]

[Imagem gentilmente gamada no Tugir]

Para aqueles que ainda têm dúvidas.


The benefits of children playing chess on WCBS-TV [veja o vídeo]




E ainda o vídeo de promoção do xadrez da American´s Foundation For Chess. Eles são profissionais, enquanto isso nós aqui estamos, é que não é só no futebol.

Que Deus nos livre e guarde

A propósito da mão de Deus. Já alguém parou para pensar no que seria se o Katrina, ou tragédia semelhante, em vez de atingir os EUA atingisse Portugal?

9.9.05

Xadrez em frases (10)

"Vejo que viajas constantemente. Quando estiveres só, quanto te sentires um estrangeiro no mundo, joga xadrez. Este jogo erguerá o teu espírito e será o teu conselheiro na guerra."
Aristóteles numa carta que escreveu ao seu discípulo Alexandre Magno

8.9.05

Mil e duzentas… não é uma

Morrem mil duzentas crianças por hora devido à pobreza. Não é uma, são mil e duzentas. E morrem essencialmente porque são pobres, tal como a esmagadora maioria dos que morreram e morrem em New Orleans. Só que estes não têm quem se solidarize com eles, com campanhas nas televisões e barcos furados a procurar sobreviventes. Uns são vítimas da pobreza de um governo rico que não soube cuidar deles dentro da sua casa, outros são vítimas do abandono diário dos seus governos corruptos que engordam como carraças todos os dias fruto do petróleo, diamantes ou o que quer que seja. Uns e outros são vítimas… de todos nós.
Atempadamente, de facto.

7.9.05

«nacional-porreirismo»

Uma das razões porque por vezes somos considerados tão maus é a nossa capacidade de adaptação a qualquer circunstância. Confuso?
Se bem que pareça um paradoxo, a cultura portuguesa permite uma adaptação fácil a qualquer zona do globo, fuso horário, regime alimentar, fruto talvez da época dos descobrimentos em que idos por esses mares fora chegávamos a qualquer praça e aí fazíamos cidades e deixávamos prole. Essa adaptação é boa, mas quando chega ao conformismo, ao deixa andar, não importa o que se passa desde que a minha vidinha me corra. Assim, deixamos que no dia-a-dia tudo nos atropele ou abuse.
O que se passa com as auto-estradas portuguesas é um bom exemplo desse «nacional-porreirismo». O serviço pago – e bem pago – por todos aqueles que o utilizam - ou não – pressupõe: rapidez, conforto e segurança.
Aquilo que se verifica é que com as obras permanentes nas auto-estradas – a A1 é um exemplo diário – não se verificam os pressupostos do serviço: rapidez, conforto e muito menos segurança. E aí não vejo manifestações, «buzinões» ou outras formas de reivindicar o que quer que seja. Não estamos a ser «porreiros» demais?

A Ler e Reter

«O profissional do xadrez» por Mário Melo Rocha no Diário Económico.
«A seguir com atenção» por Paulo Gorjão no Bloguítica

6.9.05

Xadrez em frases (9)

"Nada é tão saudável como uma surra no momento oportuno. De poucas partidas ganhas tenho aprendido tanto, quanto da maioria das minhas derrotas". – José Raúl Capablanca

Sim, Portugal

Bem me parecia. Eu bem tive a esperança que no regresso (eu sei que continuo a acreditar em impossíveis), este país estivesse diferente. O meu hábito de desligar telemóveis, não acompanhar notícias e não querer saber foi cumprido. Mas eu devia ter visto e percebido os sinais. Logo no avião, antes mesmo de levantar voo, uma «vizinha» dizia que era do Marco tendo a outra identificado logo como sendo «a terra do Ferreira Torres». Mal vejo território nacional e espreito pela janelinha ali estavam os fogos e os foguetes, sim tenho a certeza que já estou a ver Portugal. O anúncio de que a temperatura exterior à chegada seria de 20ºc, foi outro sinal, assim como a espera de 20 minutos pela bagagem. Sim estou em Portugal.