24.2.06

Dia de cão

Quando eu me vi perdido
Meu peito gemedor
Bateu, gemeu ferido
Sofrido, doído, desenganou
Chorei na beira
Do mais cruel precipício
Olha, pelo visto
Eu ia me acabar
Mas você ia passando
Estendeu a sua mão
Pelas ruas de São Paulo
Você foi meu agasalho
Naquele dia de cão
[Vicente Barreto/Alceu Valença]

21.2.06

Eu só tentei...

Depois de passada a fase de reconhecimento do «pequeno canto», fiz uma tentativa, de uma primeira grande conversa temática sobre o mundo com a minha filhota. E toca a mudar para a SIC-N e passar a explicar que aqueles senhores que se estão a matar uns aos outros, estão do mesmo lado contra os cartoons e não uns contra os outros, que aqueles outros de vermelho são a melhor equipa do mundo mas continuam a perder (aqui ela sorriu), que o Belmiro é um senhor que é dono da loja onde o pai compra as fraldas e quer comprar a maior empresa portuguesa. Tive que explicar, também, que aquele lugar onde estava tanta gente a rezar é o mesmo onde foi tanta gente passear e agradecer uma eleição, mas que uma coisa não tinha nada a ver com a outra. Expliquei também que embora desapareça um bebé recém-nascido do hospital, estamos num país seguro e que o nosso ministro dos negócios estrangeiros tem aquele ar tontinho mas deve saber o que faz (esperança). Achei melhor mudar de canal…

14.2.06

13.2.06

Eu tenho um tabu

«Eu tenho um tabu, não suporto ver camelos a disparar para o ar. Acho que vou boicotar os produtos do Hamas. Isso, claro, no dia em que eles produzirem alguma coisa
Estas palavras não são minhas, são de Ferreira Fernandes na sua habitual crónica da Sábado (link não disponível).
Eu sou daqueles que acha que deveria ser possível rezar ao meu Deus numa mesquita, tal qual seria possível um muçulmano rezar numa igreja. Obviamente eu deveria respeitar as regras estabelecidas, como por exemplo rezar descalço, assim como as outras religiões deveriam respeitar os templos católicos, ou outros. Isso, infelizmente, não acontece.
Para lá do mundo ideal que obviamente não existe, temos a realidade. Um mundo imperfeito e feito de imperfeições que nós humanos somos. E como tal, tenho o direito de dizer o que penso, o que sinto, mesmo que isso possa ofender o outro. Sou imperfeito porque tenho opinião e nem sempre é coincidente com a do outro, mas porque discordo dele não lhe parto a cabeça.
As opiniões impõem limites, nas relações pessoais e das nações. Todos testamos os limites, sem que (nem sempre) nos matemos uns aos outros.
Eu também tenho um tabu. Detesto ver gente já de si pobre, explorada, sem futuro, a ser usada pelos seus líderes sem escrúpulos, por aqueles que lhes dizem que os defendem. E a esses partia-lhes a cabeça, pudera eu.

7.2.06

Está quase....

Está mesmo no fim, este torneio de idades do xadrezmail.org entretanto no meu grupo a tabela está assim.



Vai ser tudo decidido entre mim e o meu adversário chileno que adoptou o nada simpático nome de Aaron Nimzowich. Ambos temos três partidas para terminar, duas delas entre nós. Vai ser renhido, mas está a ter um piadão. Bom… pelo menos para mim.

3.2.06

Em Felgueiras é assim!

Há um assunto que não queria deixar passar neste blogue. O facto de uma vil perseguição política a um cidadão felgueirense ter resultado, uma vez que é funcionário camarário, na sua transferência para o «departamento veterinário» que não reúne qualquer das condições mínimas de dignidade e saúde e tudo porque é «apenas» correspondente do JN. A autarquia notificou José Carlos Pereira que deveria terminar o vínculo de 12 anos com o JN, mas não com o jornal O Jogo (porquê?), uma vez que «é incompatível com o carácter de exclusividade das funções que exerce na autarquia», para além de outros «pormenores» dignos de outro regime. Porquê apenas agora e apenas com o J.N.? Aqui fica a minha simples solidariedade.