27.7.17

Pequeno apontamento sobre Bordados

Parece que há um socialista que se insurge apenas agora sobre a criação dos Bordados da “Terras de Sousa” defendendo uma marca “Bordados da Lixa”. Vamos por partes. A decisão foi tomada há 15 anos quando o PS estava à frente da câmara municipal. Eu sou a favor de tudo o que possa elevar a marca “Felgueiras” (concelho) onde se incluem, naturalmente, os bordados da Lixa, o pão de ló de Margaride e muitos outros produtos. 

Mas aqui não se trata de “esconder” ou “menorizar” os bordados da Lixa. Trata-se sim de dar escala utilizando uma deliberação à qual a câmara se encontra vinculada, criando um protocolo com a ADERSOUSA para que a Casa do Risco em conjunto com esta possam certificar todos os tipos de bordados da região com uma marca. Felgueiras atraiu a si e concentrou na Casa do Risco a questão dos bordados de toda a região ganhando assim escala.

Os bordados da Lixa podem ser certificados pela ADERSOUSA/Casa do Risco, como sendo Bordados da Lixa, tal como uns bordados de Lousada, Penafiel, ou outros concelhos o podem fazer, ganhando escala, mas mantendo sempre a identidade e a origem da Lixa, sobre uma marca única.

Para além desta decisão ter merecido agora a aprovação do PS na câmara, também foi aprovado um subsídio à CoopLixa – Cooperativa do Bordado da Lixa, para aquisição de uma viatura para que possam estar presentes nas feiras e exposições do sector, promovendo os bordados da Lixa e não outros.

Se isto não é apoiar os bordados da Lixa, então não sei o que é apoio!


Não vale apena vir agora apelar ao bairrismo da Lixa quando nunca fez nada por ela. Ou é apenas parte de uma estratégia para ser representante da Lixa em alguma candidatura?


19.7.17

Pequeno apontamento para memória futura

Nuno Fonseca fez a apresentação formal da coligação PS/Livre “Sim, Acredita!”, em que é cabeça de lista. Já tinha escrito sobre o que eu entendo como ser independente, valorizando até o arrojo e coragem de se declarar:
“Sou independente, numa candidatura independente. (…). Sou independente, sem dependências partidárias.”
Mas tal como aconteceu com o MIC e Pedro Araújo, a independência durou pouco tempo. O “fenómeno” dos independentes surgiu de uma necessidade da sociedade, cansada com o modelo tradicional dos partidos políticos e que procura na sociedade “civil” um grupo de elementos que, longe dos aparelhos partidários estariam livres de “pressões”. O principio até pode atrair seguidores, mas…
Há sempre um “mas”. Os movimentos ditos independentes não têm a máquina (militantes) que os partidos têm para tudo o que é trabalho que envolve uma campanha e daí a realizar coligações mais ou menos encapotadas é um passo como se viu. Independentemente do que possam argumentar, Nuno Fonseca faltou à palavra que deu aos seus seguidores. Aliás, na entrevista ao Expresso de Felgueiras afirma, quando questionado se teve contactos com o CDS ou outros partidos:
“Sim, existiram algumas reuniões. Após alguma reflexão, entendemos que esta candidatura independente interpreta aquilo que acreditamos ser o melhor projeto para as pessoas.”
Ou seja, apenas 3 meses depois da entrevista Nuno Fonseca deixou de interpretar que uma candidatura independente (na altura do CDS) era o melhor projeto para as pessoas.
Mas há mais. Quando questionado quanto às razões pessoais que o levaram a ser um candidato independente afirma:
“Acreditar que é possível fazer política fora dos modelos convencionais. O desafio lançado por inúmeras pessoas de Felgueiras levou-me a abraçar uma alternativa política local, pluralista, apartidária e independente, na perspetiva de um desenvolvimento sustentado do concelho de Felgueiras, onde todos são iguais.”
Se os argumentos que para aí andam, quanto a se com a coligação do PS/Livre deixa de ser independente podem tentar lançar uma nuvem de névoa, a questão “apartidária” diz tudo. A candidatura não teria qualquer partido político envolvido. Aqui Nuno Fonseca falta pela segunda vez à palavra aos seus seguidores. Quem garante agora que não terá elementos do PS nas suas listas, quem garante que não fica “preso” aos socialistas de Felgueiras de quem tanto mal disseram. Aliás, Sérgio Fonseca, irmão de Nuno Fonseca e seu principal conselheiro e estratega, escreve um texto no Facebook (que retirou passado umas horas), criticando a incompetência dos socialistas durante estes 8 anos, a sua incapacidade de fazer oposição e de alterarem a liderança. Ou seja, os próprios elementos criticam abertamente um dos partidos que suportam a coligação!
Depois disto, Nuno Fonseca é um cabeça de lista independente numa coligação de socialista e do Livre, que, já agora, é um partido mais à esquerda que o BE, com ideais completamente contra o capital, empresários e basicamente contra tudo o que mexa.
Mas o mais estranho nisto tudo é que não há mal nenhum nisto! Nuno Fonseca pode mudar de ideias e de estratégia as vezes que quiser. Só tem é que dizer aos seus seguidores que passou a achar que está melhor com partidos do que sem eles. E siga a romaria!

1.7.17

O jovem Freitas do Amaral e a Democracia

Paulo Freitas do Amaral lembrou-se dos idos tempos em que, nas férias do verão, os pais o mandavam de férias para a “aldeia” e ao que se consta o petiz gostava de se mandar de umas pontes. Passados uns anos o Paulo, à falta de melhor localização para demonstrar as suas qualidades autárquicas não encontrou melhor poiso senão na “aldeia” que agora até é uma cidade. Com o intuito de se dar a conhecer, vai daí e começa a publicar umas coisas nessa enorme montra que é o Facebook. Não se passaria nada de extraordinário, não fosse o sobrenome que, pensaríamos nós, estaria levemente ligado a alguma coisa mais ou menos inteligível. Não, o Paulo, dispara sobre tudo o que mexa, e a última pérola é sobre o “vai-vem” de autocarros que desde que foi implementado resulta em menos confusão, melhores acessos, rapidez, para além de ser extremamente prático, comentário generalizado por todos os que ouvi nestes dias em que tenho ido às festas de S. Pedro. O Paulo andava lá pela capital a tentar ser alguém e nunca se apercebeu que nas festas de S. Pedro se subia ao monte de Sta. Quitéria a pé, pelas capelas, com crianças de todas as idades e com idosos também. Nessa altura qualquer pessoa demorava mais de uma hora a chegar de carro e outra a descer. E não sei se ele sabe, mas até aquele que tem direito a motorista vai para as festas de “vai-vem”.

Mas o Paulo tem direito a escrever o que quer, mas também tem que admitir que outros discordem dele desde que mantenham a educação, o tom, e não insultem. Mas não, o Paulo socialista, não gosta que lhe contrariem as ideias e vai daí apaga tudo o que não seja de acordo com as pérolas e bloqueia as pessoas, num verdadeiro gesto democrata. Gostava de o ver em campanha eleitoral a explicar aos eleitores as suas ideias. É que aí, não pode apagar e bloquear. Tem que ouvir. Pena é que não vá a votos.