Começou por parecer uma ameaça velada de uma meia dúzia de “cruzados” pela “verdade” e depressa evoluiu para a divulgação de informação sensível. Quando refiro sensível, quero dizer informação que coloca directa ou indirectamente vidas humanas em perigo, como foi o caso das revelações sobre o Iraque e Afeganistão.
Depois disso, as questões diplomáticas viraram novelas mais ou menos expostas conforme a visibilidade dos alvos. Os defensores das revelações totais, como forma de expor a “verdade” (seja isso o que for), dizem que o mundo é hipócrita e que o monstro imperialista (ainda andam nessa fase?) deve ser exposto.
O que é hipocrisia é o facto de ainda existir quem pense que as embaixadas não são centros privilegiados de informação, de recolha de informação sensível, seja esta política, económica ou militar. Só quem não está minimamente atento é que não sabe isso. E como acho que quem usa desse argumento está atento, só pode ser hipócrita.
Outra questão é a revelação da alegada espionagem feita ao Secretário-geral da ONU. Essa sim, pertinente do ponto de vista informativo. Agora o site deve escolher onde se quer posicionar. Uma fonte de informação responsável e não sensacionalista ou a via de um qualquer tablóide.
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