Manuel Alegre não esperava que corresse assim. Quando avançou com a candidatura, contava levar o PS e o seu eleitorado atrás. O posicionamento de José Sócrates ao centro-direita, assim como das suas politica sociais, colidem com a ideologia de Manuel Alegre, de uma esquerda mais próxima do PCP e BE como se verifica pelos apoios obtidos. O fim do Estado Social que tanto defende, assim como a política económica seguida, afastam-no do PS de José Sócrates, quando não está frontalmente contra. Este equilíbrio de gestão, impossível de fazer, não é compreendido pelo eleitorado de centro-direita, que, tendo votado em Sócrates, votará maioritariamente em Cavaco Silva.
Resta a Manuel Alegre tentar galvanizar todo o eleitorado à esquerda, procurando provocar a segunda volta. Aliás, todo o discurso radicalizado dos últimos dias, aponta para uma abdicação da luta pela vitória, pela luta da pela sobrevivência política. Uma derrota sem segunda volta, com um mau resultado, e Alegre passa à prateleira dos históricos fundadores do PS.
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