A propósito dos movimentos ditos
independentes, tenho observado atentamente a problemática da independência de
Rui Moreira à Câmara Municipal do Porto. Quando uma candidatura de cidadãos
independentes aceita apoios partidários e incluir nas suas listas militantes de
outros partidos (não me refiro a independentes que suspendem a militância ou a
terminam até), está a desvirtuar todo o conceito de movimento de cidadãos
independentes que não se revêm na forma como os partidos políticos funcionam.
Em Felgueiras, o meu estimado
amigo Nuno Fonseca decidiu abraçar um projeto completamente independente, sem
qualquer apoio partidário, já “registou” até o nome do movimento como “Sim,
acredita!” e já disse ao que vem. Em entrevista
ao Expresso de Felgueiras afirmou:
“Sou candidato à Câmara Municipal de Felgueiras, liderando um núcleo de cidadãos, mulheres e homens, empenhados e capacitados para uma mudança ansiada por todos. Sou independente, numa candidatura independente. A decisão de me apresentar a votos perante os felgueirenses surge pelo contacto diário com os cidadãos deste concelho que me transmitem a necessidade de uma transformação política e social, que eleve Felgueiras ao patamar onde merece e pode estar. As mesmas pessoas que me incentivam que é possível acreditar num novo modelo de gestão municipal, que acreditam em mim, nas ideias e num projeto de modernidade. Sou independente, sem dependências partidárias.”
Toda a gente conhece a minha
orientação partidária, mas faço votos para que o Nuno consiga reunir
as condições de candidatura e se apresente a eleições como independente e sem
dependências partidárias. Só assim veremos se o que os eleitores pretendem é
mesmo este tipo de independência e não a encapotada como no Porto.
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