Finalmente estão contados
os votos do círculo da emigração e apurados os resultados finais da
legislativas. O PSD perde mais um
deputado no círculo da emigração e assim carimba um dos piores resultados
obtidos numas legislativas. Foram maus, mas mesmo assim, fruto de alguma
“garra” demonstrada nos dias da campanha, não tão maus como se fazia prever.
Por outro lado, o PS obteve a vitória expectável, ficando próximo de uma
maioria absoluta, que, o eleitorado não lhe quis dar.
O equilíbrio de forças que
saiu destas eleições, desde cedo permitiu ver que seria muito difícil replicar
a “geringonça”. Desde logo porque o mau resultado do PCP empurrava o PS para um
acordo apenas com BE que, se aceitasse, ficaria em maus lençóis nas próximas
eleições. Basta ver o exemplo de todas as coligações à esquerda na Europa, onde
o partido mais pequeno tendencialmente desaparece. Quem quase desapareceu foi o
CDS vítima do estilo mais truculento de fazer oposição de Cristas, que assumiu
na noite eleitoral os maus resultados e sai de cena. Quem não saiu de cena foi
Rui Rio que ainda hoje anunciou a sua recandidatura. Para já, terá que
enfrentar António Montenegro, mas há quem defenda que mais candidaturas
aparecerão. Eu acho que não. A oposição interna a Rui Rio não se quererá
dividir pelo que presumo que apenas Montenegro quererá enfrentar Rio.
Em Felgueiras não foi
exceção, e os dias dos bons resultados sociais-democratas já vão longe. Aliás,
a curva é descendente e não se vislumbra nem alterações nem vontade de as fazer.
Seria positivo que surgisse um novo líder, para tentar reverter a situação. Uma
oposição forte obriga a uma gestão forte do executivo e isso beneficia o
concelho e todos nós. Estamos a meio do mandato autárquico e, se o PSD Felgueiras
se quer preparar para, pelo menos, “ir a jogo”, convém não arrastar muito o
processo eleitoral interno.
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