21.3.05

Leituras

Hoje tive que ir à Biblioteca Municipal Dr. Miguel Mota. A curta distância, apesar da chuva, foi feita a pé, com os ombros encolhidos como que a proteger-me. O que eu não contava era que tivesse que continuar assim protegido, lá dentro. O corredor que dá acesso à sala de leitura tem os vidros do tecto partidos ou mal calafetados, a recolha é feita por um balde, o chão está fixo com fita-cola daquela castanha que também embrulha as caixas, de forma que algum leitor mais entusiasta não parta a cabeça distraído com as leituras. O cenário despertou-me a atenção e olhando mais atentamente vi as paredes quase sem tinta, outras pretas da água que escorre e pensei: «este edifício não tem meia dúzia de anos?»

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