5.8.05

«não-violência»

«Se fosse absolutamente necessário escolher entre a violência e a cobardia, eu aconselharia a violência (…) mas julgo que a não-violência é infinitamente superior à violência.»
Esta frase pertence a Gandhi, aquele que foi o Mestre da não-violência. Mas, será ainda actual? Estamos todos já dentro de uma espiral de violência, de morte, de falta de humanismo, de não querer saber do próximo, daquele que está à nossa beira. Não queremos saber do velho que morre sem medicamentos, porque pura e simplesmente não tem dinheiro para os comprar, do jovem que morre ao volante de um carro, que pedira emprestado aos pais numa noite de copos, ou de desafio, do homem que chora como uma criança ao ver a vida arder como um pavio, quando um louco lhe pega fogo às matas. Não queremos saber, da água que desperdiçamos, do saneamento que não temos, não queremos saber daquele rapaz colega de liceu, que está ali sentado, nas escadas, toxicodependente e cujo nome já nem me lembro, mas que me pede uma “moedinha” no parque do supermercado dizendo que tem fome…
Não é isto violência? Que raio de mundo é este?

Sem comentários: