27.3.06

Era hoje...

Juro que hoje tive ganas de a decepar, assim como fazem os terroristas frente a uma qualquer câmara de televisão no fim do mundo. O meu anjinho a dormir, sossegada e eu, obrigado a tirá-la daquele sono para cumprir a tarefa de acrescentar mais uma vinheta no Boletim Individual de Saúde, caderneta de tortura, amarela para que se veja e não se esqueça. Mas lá tirei eu, a minha princesa e mostrando a perna gordinha depressa percebi que não era assim tão gordinha face ao tamanho da agulha. E aí vem a senhora enfermeira de forquilha em punho e espeta a criança. Fiquei branco de surpresa ao ver a agulha perfurar a perna e do grito de dor. Por momentos imaginei-me a decepar num só golpe aquela cabeça de rola, sorridente porque a filha não era dela, tal qual os filmes de kung-fu. Ainda bem que eu não sei Kung-fu.

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