30.12.24

"Todos os dias uma paisagem diferente" (2024)

 

"Todos os dias uma paisagem diferente" (2024)

“Todos os dias uma paisagem diferente” foi um tema que me acompanhou nos stories durante quase três anos, quase todos os dias. Era uma forma de olhar para a mesma paisagem de forma diferente, procurando pequenas subtilezas na folhagem que refletia a estação do ano, o céu cinzento ou azul celeste, ou ainda com ou sem carros. 
O ano está a acabar e ainda não decidi se lhe vou dar continuidade ou não, só sei que vou continuar a fotografar. 
Durante o ano de 2024 fotografei muito menos que nos anos anteriores. Este foi um ano diferente porque eu fiquei diferente. Mas dei formação de fotografia, e o quanto eu adoro dar formação. O que se aprende, o que se recebe de volta é incrível. 
2025 trará novos desafios na fotografia! Estejam atentos. 
De resto, obrigado 🙏 obrigado apenas. 
#landscape #tree #streetphotography #portugal🇵🇹

22.12.24

Luz e ausência de luz

 

Shadows (2024) (c) Sérgio Martins

O que é uma fotografia? Um momento, um instante, emoção, estórias, a História, a notícia, uma prova, alegria, tristeza, raiva, beleza, serenidade, brutalidade, como muitos dos meus formandos definem, ou, "O Momento Decisivo" como definiu Henry Cartier-Bresson?

Tecnicamente, uma fotografia é a Luz e a ausência de Luz e tudo no seu intervalo.

O que é a fotografia para ti?


19.12.24

Interessante

Há dias em que a energia chega para dar e vender, sou capaz de fazer tudo sem qualquer problema, outros em que parece que a energia me foi drenada. Sinto-a a descer pelo corpo, a percorrer as minhas pernas e a sair pelos meus pés. Esfumo-me, desapareço atrás de um canto qualquer do meu sofá, coberto por uma manta. Em silêncio. O silêncio é essencial para uma super-charge. Se for interrompido, a carga é lenta e, por vezes, dolorosa.

Mas são cada vez mais os dias em que a carga está no máximo, renova-se a cada sorriso, boa gargalhada, obrigado, sim, se faz favor, gostei de te ver, café, amigo, sim, sou eu. É um fenómeno interessante este de vermos o copo meio cheio. Há sempre algo que posso ver meio cheio. E ser grato por isso.

Interessante.

18.12.24

Não sei rezar

Num destes dias em que fui caminhar até ao Monte de Sta. Quitéria, sempre na companhia da minha máquina fotográfica, fiz o que invariavelmente faço. Entro na igreja e, logo no primeiro banco corrido frente à porta, instalo-me para conversar com Ele.

E gosto bastante desta conversa, Deus é bom ouvinte e partilho muitas coisas com Ele, que arranja sempre forma de me responder. Costumo terminar a conversa rezando um Pai Nosso, mas, quis a minha vontade, que fosse com uma Avé Maria.

E comecei a rezar baixinho, quase para dentro, e chegado a meio misturei com o Pai Nosso. Que tolo, pensei. Recomecei e voltei a fazer o mesmo. Tentei agora pensar na Oração e dizer como quem declama um poema, e volto a falhar. Estava eu a pensar no porquê de semelhante situação quando, na outra ponta do banco, uma senhora, cuja entrada eu não tinha dado conta, começa a rezar uma Avé Maria num tom suficientemente alto para eu perceber. Acompanhado lá fui, e rezei uma Avé Maria.